Inicialmente quero parabenizar os idealizadores deste novo veiculo de comunicação que ora vem somar, cumprindo um importante papel de informar e conscientizar toda a comunidade do Vale do Ribeira, desejo-lhes muito sucesso neste árduo, mas gratificante trabalho de promover as boas realizações e denunciar as más atitudes.
Caros leitores, o Brasil necessita reformar e desenvolver, urgentemente, o Sistema de Acesso ao Tratamento Médico, pois possui um território com dimensões continentais (8.514.215,3 Km2) e distribuição irregular de médicos e especialistas, o que acentua a heterogeneidade da qualidade e disponibilidade de serviços de saúde no país. Esta heterogeneidade é ainda mais agravada pela falta de eficácia na aplicação dos recursos públicos, pela crônica corrupção e pela falta de estratégia nacional de educação continuada para atualização dos profissionais de saúde, causando diferenças importantes na capacitação dos especialistas de uma região para outra.
O Censo IBGE(2000) mostrou que o Brasil possui 169.590.693 habitantes, 5.507 municípios, sendo que 88,58% destes possuem população na faixa de 2.000 a 60.000 habitantes, como o Vale do Ribeira. As regiões metropolitanas concentram 40,04% da população, e os 15 municípios mais populosos do país concentram 21,36% da população.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE de 1998, o Brasil possuía na ocasião 39 milhões de pessoas cobertas por plano de saúde, com maior cobertura nas áreas urbanas e um pouco superior nas mulheres e pessoas na faixa entre 40 a 64 anos. Das que declararam que utilizaram os sistemas de saúde, 41,8% usaram postos ou centros de saúde, 21,5% usaram ambulatórios de hospitais, 19,7% usaram consultórios particulares e 8,3% usaram ambulatórios ou consultórios de clínicas. A totalização mostra que 91,3% utilizaram atendimentos ambulatoriais com características predominantemente eletivas. Neste mesmo levantamento, constatou-se que apenas 0,1% utilizou serviços de agentes comunitários.
Neste PNAD 1998 também observou-se que 1/3 da população brasileira não possui serviço de saúde de uso regular; aproximadamente 5 milhões de pessoas referiram ter necessitado mas não procuraram um serviço de saúde, motivadas principalmente por falta de recursos financeiros. Entre as pessoas atendidas, metade teve o atendimento feito pelo SUS.
As características do Brasil apresentadas pelo IBGE(2000) indicam que grande parte dos atendimentos em saúde é de origem ambulatorial e que, devido à falta de recursos, uma grande parcela da população não procura por serviço médico. Segundo as estatísticas do DataSUS, o Brasil conta atualmente com 6.134 hospitais. Somente o Estado de São Paulo tem 1.046 hospitais, realizando cerca de 175 mil internações mensais, sendo que apenas 40 mil (22,85%) dos atendimentos são feitos pela rede pública. O setor de saúde privado (medicinas de grupo, seguradoras, cooperativas e empresas com autogestão) investe anualmente cerca de R$ 20 bilhões. Acrescente-se a estes dados a existência de 118 faculdades de medicina em condições estruturais, recursos técnicos e humanos muito diversos.
Cabe ao Setor Publico justificar esta medíocre eficiência ao acesso da população ao Tratamento Médico, explicar as superlotações nos hospitais, a falta de medicamentos e ou de profissionais, modernizando-se para melhor atender o cidadão brasileiro.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
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